19.7.08

Diário do Oeste - 20

Vamos começar hoje com o buraco da tia. Oh p'ra ele:
Como podem ver, o furinho já está fechado. E afinal eu estava a dizer mal da costura do pescoço, mas o trabalhinho até ficou muito bom. Mais um bocadinho e aquilo vai parecer só uma ruguita.
E agora tremam: o meu irmão comprou uma guitarra.
É isso mesmo: 'tamos feitos.
Mas é nestas ocasiões que se vê quem são os amigos: são os que não fogem, como o Bernardo, aqui firme ao lado dele. ...Ou coisa que o valha, pois.

Na sexta-feira à noite, durante uma voltinha nocturna para desmoer o jantar, fui cair de paraquedas no meio de um concerto de rua dos Melech Mechaya. Com um nome destes, não sei se os moços pertencem à minha tribo (o do contrabaixo parece); o site deles não fala das origens genéticas dos membros da banda - porque isso não interessa nada - mas vale a pena darem uma espreitadela porque são mesmo muito bons. Já o mesmo não se pode dizer dos vídeos que aparecem no youtube, todos com umas gravações altamente ranhosas, a tremerem por todos os lados, mas aqui vai o que me pareceu melhor, para vocês ouvirem a música:

E então, não é um espectáculo? Ah lindos!


Aproveito agora para vos mostrar os belos bigodes da Sally
e o ar hierático da Chica:
E quer isto dizer que não tenho nada para contar.
Claro que podia falar da minha ida ao dermatologista, para dar a segunda fritadela a laser numa tatuagem que saiu mal - e que agora me está a custar um balurdiozinho para remover. Mas nem sequer tenho photos para mostrar, portanto...
Podia falar também da minha ida ao Ikea para comprar os móveis da sala, e não, não pensem que é tudo estilo caixotes às cores, porque no meio da macacada os tipos até têm uns móveis bastante discretos, com ar rústico, de coisa a sério e tudo, e por metade do preço que me pediram noutros lados. Claro que tive de os trazer às costas e que agora vou ter de os montar, mas eu sempre gostei de fazer puzzles, portanto até deve ser divertido.
Mas isso não vos deve interessar grandemente, por isso passemos ao tema mais pesquisado da internet: pornografia, claro. E para isso, tenho aqui umas cenas hardcore protagonizadas pela Yara e pelo Tininho:

Não é assim, oh caraças! Não vês que eu 'tou de lado?!
Olha o emplastro que me havia de ter saído, hem?

Já me começas a chatear...

Será que é desta? 'Tás quase lá...
Mas não foi. Ficou-se sempre pelo quase. Ou por ser demasiado curto, ou simplesmente desajeitado, o sacrista do Tininho fartou-se de lhe fazer promessas mas não cumpriu nem uma. E entretanto a Yara resolveu que já não queria mais nada com ele - embora a pastilha que a tia lhe enfiou pelo bico abaixo também tenha contribuído para isto, evidentemente.
Mas aqui têm o filme completo:


E com esta me estreio no youtube, porque o raças dos vídeos custam à brava a carregar directamente para o blog.
Numa voltinha de câmara em riste pelos arredores da casa da tia, descobri alguns belos exemplares vegetais (já cá faltava, pois). Como as belas peras da Alda:
vermelhinhas e redondas...
...amarelas e compridas.

O que lhe vale é que a escola já acabou e nesta altura do ano não lhe passam carradas de putos pela frente das peras, senão era um ar que lhes dava. A natureza é sábia: não dá peras em tempo de aulas (...?)
E pois, não sei qual era o nome de baptismo do X'quim Careca (grande falha de investigação que não me atrevo a emendar agora, porque não são horas de ligar à tia a perguntar), mas foi com esta alcunha chata que o senhor passou à posteridade: E pois, tanto quanto sei ele não fez nada de particularmente interessante - vivia nesta rua e pronto, foi quanto bastou para fazerem uma placa toda folclórica.
Passemos então às macros. Ah, isto de ter um zoom é uma maravilha. Se bem que eu já fazia coisas parecidas com a minha 35 mm, mas ainda não conseguia chegar mesmo até ao pintelhinho mais ínfimo das florinhas. E não, não é disparate falar de pintelhinhos e associá-los às flores, porque afinal elas são os órgãos sexuais das plantas, não é verdade? E têm pelinhos, não é mesmo? Então?
Ora bem; conseguem perceber o que é isto? Pois é a flor do oregão que o meu progenitor está a cultivar num vaso. Calculo que cada tufo não tenha mais de um centímetro e meio de diâmetro, mas as mini-florinhas são uma beleza. Ora abram lá a photo para verem em grande.
E isto aqui é a corola de uma cicuta. Pois, aquela coisa venenosa que matou o Sócrates. ...Hei, nada de ideias parvas, hem? Até porque o chá desta coisa deve saber muito mal, a avaliar pelo cheiro.
E aqui é uma hortense no quintal da Teresa padeira
e mais outra, ainda verde, antes de florir em cor de rosa:
A Teresa tem alguns exemplares interessantes no quintal, como estes aqui que eu nunca tinha visto. Calculo que as flores tenham cerca de cinco centímetros de diâmetro.
coisa gira a abrir




coisa gira já aberta
Esta aqui também não sei como se chama, mas cresce no quintal da tia e não tem mais de 4 centímetros de uma ponta à outra:

E aqui são flores de begónia vistas de muuuuito perto:
Cada uma tem cerca de centímetro e meio, mas até se vêem os pelinhos por baixo das pétalas. Segue-se esta beleza amarela às pintas pretas, que não parava de abanar com o vento. Mas consegui agarrá-la:

E por último, a hera do muro da Rosalina:

Aqui é mais por causa das texturas. Gosto de texturas. De fotografar texturas. Terra lavrada, veios nas folhas, cascas de árvore. Aqui são tarolos, que é uma coisa que cá no fundo me perturba um tanto (eu sou um bocadinho maluca, como já devem ter percebido), mas que não deixa de ser interessante. Como textura, claro.
Mas não deixam de ser árvores assassinadas e cortadas aos bocadinhos.
...brrr.
Outra situação que não me agrada, mas pronto, vamos pensar que os periquitos em liberdade não se safavam porque isto não é a Austrália, que acabavam todos na barriga do gato ou no papo das corujas, e coisas assim do género. Porque se conseguirmos esquecer a gaiola por um instante (difícil, muito difícil), vemos só um passarinho giro a olhar para a câmara.

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