5.7.08

Diário do Oeste - 19

É oficial: o ermita está apaixonado:
E o novo objecto das minhas atenções é um Daewoo Matiz pequenino e esgravulha, que gasta pouco e se arruma em qualquer buraquinho.
Foi a melhor alternativa que se arranjou à ideia de comprar um burrico e de o sustentar a pão de ló; mesmo que o dito fosse o legítimo de Alfeizerão (miam!), ainda assim ficaria mais barato do que meter gasolina no meu Alfa, que bebia mais do que eu. Palavra que me agradava bastante a ideia de comprar um burro; já imaginaram bem o estilo? Toc toc toc por estas ruas afora, de preferência montada à amazona, e depois a deixá-lo estacionado no parque com o bilhete do parquímetro colado na testa? Ah, ia ser um prato... O problema era a garagem (ou o palheiro) para deixar o bichinho durante a noite. Não podia trazer um burro para o 3º andar, que ao que parece eles sobem as escadas mas depois não as descem. Por isso, o mais parecido que se arranjou foi um bicho mecânico lindo lindo, como podem apreciar pelas photos. Personalizando o animal; bem me parecia que o emblema que eu trouxe da Escócia ainda ia ter uma boa aplicação.

Comprei-o no feriado municipal cá do burgo, o São João, que desta vez foi festejado com marchas mas sem foguetes, o que foi uma pena porque eu não aprecio nada as marchas mas adoro os foguetes. Isto aqui é uma photo que eu tirei a caminho do stand, ao passar pela praça onde fizeram a nova Câmara Municipal. Cá fora estavam estes moços todos a torrar ao sol, de capacete reluzente, mais duas bandas de música e os convidados ilustres, a aturar um chato qualquer a discursar ao microfone.

E como se pode perceber pela photo, estavam todos com um ar de frete.
Já aqui, os mesmos moços tinham deixado os capacetes em casa e passado à acção. Foi um incêncio na frutaria aqui na minha rua, ao que parece causado pelo frigorífico esturricado que se vê aí no passeio. Provavelmente um curto-circuito. Estiveram fechados dois dias para limpar a casa e se tivessem olho para o negócio aproveitavam para vender as maçãs assadas e os limões cozidos (óptimo para fazer xarope da tosse).
Passemos então à tia. A recuperação da grande facada que lhe deram nos gasganetes foi assinalavelmente rápida. Os negrões desapareceram num instante e ela desatou logo a falar. Com algumas falhas ao princípio, porque o ar se escapava pelo buraco e ela assobiava pelo pescoço ao mesmo tempo, mas a ficar cada vez mais firme.
Aqui a temos ainda com o caninho no gorgomilo.

E aqui em baixo, um pormenor da bela gerbera que lhe deu a vizinha de enfermaria quando se foi embora.
Um espectáculo vegetal com uma duração assinalável.
E aqui já com o furinho tapado, nas vésperas de a mandarem para casa:


E cá está ela, ainda com o penso do pescoço a espreitar por baixo da gola da blusa, mas já em casa e sem assobiar.
Com a Yara, a mais carente pela falta da dona.
E agora ainda está com um bocado de catarro, mas será tudo uma questão de tempo.
Logo no dia seguinte ela teve de fazer de parteira à uma da manhã, à segunda ninhada da Pontinhas. Mais uma vez resolveu fazer o controlo da natalidade e deixou só uma cria, um macho riscado e escurinho que mal se vê aqui na photo, na barriga da Pontinhas:
Resultado: à conta do controlo da tia, assim que a Pontinhas recuperou do parto agarrou no filhote e fugiu com ele para outro quintal. Entretanto eu já descobri onde está, numa casa abandonada do outro lado da rua, num quintal cheio de silvas onde só se poderia entrar de catana, mas eu até estava disposta a fazer isso para o ir resgatar se as consequências disto fossem mais previsíveis. A questão é que a Pontinhas pode vir atrás do filhote para o quintal da tia ou rejeitá-lo simplesmente, pode levá-lo dali outra vez, pode até já o ter mudado de sítio, depois de me ter visto a espreitar por cima do muro... enfim, se ele sobreviver vai-se tornar mais um maltês espantadiço, semi selvagem, mas parece-me que o mais seguro será deixá-lo ficar onde está e desejar-lhe sorte.
E pronto, eu confesso: cá em casa lava-se dinheiro. Com amaciador e anti-calcário e tudo.
O espólio da máquina de lavar: 45 cêntimos e um botão da camisa do meu pai.
E isto aqui é um pepino, ou melhor, um pepinão.
Gentilmente oferecido à tia pelo Armindo, que naturalmente muito se orgulha do tamanho do seu pepino. Mais parece coisa do Entroncamento, mas foi criado no quintal dele.
Se abrirem a photo, vão ver que a régua mede exactamente 30 centímetros e que o pepino não lhe fica atrás. O meu irmão comentou qualquer coisa a respeito de vaselina e de muita gente apreciar estes pepinos, mas isso agora não vem ao caso. Exibido assim ao mundo o tamanho do pepino do Armindo, passo a mostrar a exuberância das hortenses do quintal da Alice: E aqui temos dálias roxas do tal quintal ao lado da churrasqueira da Miluxa
e umas rosas em amarelo e rosa do mesmo sítio, mais umas "flores de papel" amarelas, todas arrebitadinhas:
E já agora, como parece que hoje à noite a RTP vai passar o 3º filme do Harry Potter em versão dobrada (brrr!!!), aproveito para meter aqui as photos de promoção que o Daniel Radcliffe fez para a peça Equos, já não sei exactamente quando, para quem não tenha dado por elas apesar de todo o barulho que se fez na altura em volta disto. Ah coisa m'á linda, tão branquinha e tão peluda, que se eu te apanhasse a jeito saltava-te logo prá espinha!
'Tou a falar do cavalo, evidentemente.

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