28.8.12

Ermita - regras de convivência

(para quem ainda não percebeu)

  • Façam os possíveis para não falar comigo quando acabei de me levantar. Isto pode aplicar-se até às primeiras duas horas ou até ao primeiro café (mas também não gosto lá muito de café, portanto é melhor não arriscarem).
  • Se me perguntam se eu acho que estão mais gordos ou se a roupa vos fica bem, lembrem-se de que vão receber uma resposta honesta.
  • Se pudermos saber alguma coisa pela net, pelas etiquetas ou pelas placas da estrada, não é preciso falar com empregados, transeuntes e etc. Se não houver mesmo outra hipótese, então vão lá vocês falar com eles, que eu fico cá atrás a assistir.
  • Os meus desaparecimentos súbitos devem-se habitualmente a demasiadas horas seguidas com companhia; lembrem-se disso antes de entrar em pânico.
  • Se muitas vezes estou calada, não é por ser tímida; provavelmente é porque me estou a esforçar para não vos dar a minha opinião.
  • Cuidado com as surpresas; as minhas reacções também podem ser surpreendentes.
  • Não esperem que eu vá ter não sei aonde, ao pé de não sei o quê, por caminhos que nunca vi. Venham vocês e é se querem. (Ok, quando tiver massa compro um GPS, mas também não garanto nada).
  • Se não atendo o telemóvel, provavelmente não me aconteceu nada de grave – é apenas porque não ouvi. Ou porque vi quem era.
  • Só eu é que posso mudar de planos à última da hora.
  • A insistência é o caminho mais curto para vocês irem à fava.
  • Redundâncias do género “posso fazer uma pergunta?” têm obviamente respostas tortas.
  • Primeiro estão as minhas gatas; depois estou eu; a seguir, depende do pé com que me levantei da cama.
  • Se me estiverem a ver os olhos de frente enquanto eu falo, é porque a coisa já não está nada boa para o vosso lado.
  • Tenho sempre uma razão lógica para fazer tudo o que faço, mas nem sempre estou disposta a contar qual é. Raramente, aliás.

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