9.3.08

Diário do Oeste - 11

Tempos pouco interessantes, sem nada a assinalar, salvo talvez o tralho da minha tia em cima do alcatrão, que a ia deixando toda escavacada.


Tenho outra photo bem mais ilustrativa mas também bastante gore, em que se vê a nódoa negra em todo o seu esplendor, com crosta no meio e tudo, mas isso não se faz à tia, que lá tem os seus pudores.
Como praticamente não ponho os cotos fora de casa, também não sei de nada que se possa ter passado aqui na Terra dos Loureiros - o costume. Mas por alguma razão isto se chama "o ermita urbano" - ou ainda não tinham percebido?
E agora tenho alarme, um aparelhinho parecido com um relógio, caro com'ó raio que o parta, que (em princípio...) apita quando a minha pulsação ultrapassar x pun-puns por minuto, para eu saber quando devo parar e descansar. Mas como ainda não fui ao treino, também ainda não sei se consegui regular aquilo bem. Amanhã devo finalmente poder recomeçar e depois logo lhes conto se aquela gaita desatou pra lá a fazer um granda vasqueiro ou se nem sequer apita.
E entretanto há a minha ida ao cinema para ver o Sweeney Todd. Se quiserem dar uma espreitadela ao site - vale a pena, sobretudo para quem aprecia webdesign - aproveitem para ver o trailer:
http://www.sweeneytoddmovie.com/
Comecei por estar um tanto de pé atrás por ser um musical, mas é tudo uma questão de hábito - e o hábito a gente apanha em três tempos porque aquilo é praticamente tudo a cantar. Não há que temer; os actores vão todos lindamente e conseguiram safar-se bem nas cantorias. E afinal até gostei da música, já pra não falar em tudo o resto, adereços, cenários, fatiotas, tudo altamente dark e escolhido a dedo. Gó mais gó é difícil. E mais sangrento também. Ainda bem que não levei a tia, senão ela ia passar metade do filme a tapar os olhos e a perguntar se já podia olhar para o écran. Embora aquele sangue seja muito pouco realista. Pelo que li, o original era cor de laranja vivo, porque depois tinham de afinar os tons para ficar tudo com aquele ar cinzento, tudo com aquela cara de desenterrado, brrrrr, e nessa altura é que o tornaram vermelho, mas mesmo assim bem que podiam ter posto uma coisa mais líquida. Não por pretensões realistas, mas porque assim assustava mais, né?
O Johnny Depp consegue manter aquele ar de quem 'tá completamente passado dos cornos do princípio ao fim, de tal maneira que acho que o moço até deve ter ficado com as rugas do sobrolho mais fundas, do tempo que passou a fazer esta cara de mau:


E depois há o bónus, que é o Alan Rickman a fazer o papel do juiz - o gajo já passou dos sessenta, é um facto, mas este aqui ainda me levava aos figos, garanto - e esta é especial para as meninas que estão sempre a dizer que eu sou uma esquisita que não gosta de nada, e onde é que é o meu caixote do lixo e não sei quê - eu tenho padrões, oh queridas. E agora babem:


Não arranjei nenhuma photo do homem a fazer de juiz Turpin, ou melhor, as que encontrei são todas demasiado escuras e parte delas são das cenas em que ele está cheio de espuma na cara.
Mas tenho um videozinho que vale sempre a pena (voltar a) ver para apreciar o espécimen:

ah faneca...!
O segredo está naquele olhar à matador - aprendam meninos.

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