Hoje tive de pôr o cu fora da cama às 7 da manhã, coisa muuuuito rara (e difícil) para mim, para conseguir chegar a horas a Torres Vedras. Dia de pôr o Holter, um aparelhinho que faz um electrocardiograma de 24 horas, o que quer dizer que amanhã vai ser a mesma fita, a ter de acordar cedo e ir enfrentar o briol da manhã até à paragem das camionetes - ah pois, vou de camionete porque é sempre uma tourada para estacionar em Torres. Mas até foi giro. Ir de camionete, digo. Fui numa daquelas bisarmas de dois andares, que começou por despejar uma data de putos do liceu antes do pessoal embarcar. Lá dentro havia um forte cheirinho a refogado, não sei se exalado pelos putos que lá vinham ou se já estava impregnado nos estofos, porque me continuou a acompanhar durante a viagem toda. E pois, aquilo tinha banquinhos estofados, com cinto de segurança e tudo, olaré, completamente a léguas daqueles autocarros verdes de dois andares com bancos de suma-pau onde eu andava na altura do meu liceu - que pelos vistos agora já nem se chama liceu, é outra coisa qualquer que ainda não fixei (sinal de que também não me interessa). Cheirete à parte, foi uma viagem curta e confortável q.b. que me deu uma perspectiva completamente nova da estrada onde me farto de passar todas as semanas. Lá de cima, do primeiro andar da camionete, temos uma vista panorâmica para dentro dos quintais, para o fundo dos barrancos e para o interior das povoações, que vistas da altura de um banco de automóvel parecem ser só duas filas de fachadas com uma estrada no meio.
Bom, cheguei lá, meteram-me o aparelhinho, deram-me uma folha para assentar o que me for acontecendo durante o dia e mandaram-me para casa. A viagem de regresso foi bastante diferente, passando por terreolas que praticamente só conheço do mapa, a dar uma curva do caraças pelo interior. Devo ter demorado quase o dobro do tempo, mas foi uma voltinha turística, cheia de coisas novas para ver. Desta vez a camionete não cheirava a cebola e só tinha um andar, mas mesmo assim era bem mais alta do que um carro e a visibilidade também era bastante melhor - ok... ainda estou a pensar se isto será só fome de imagens, ou se não haverá aqui um instinto cusca qualquer.
Bom, cheguei lá, meteram-me o aparelhinho, deram-me uma folha para assentar o que me for acontecendo durante o dia e mandaram-me para casa. A viagem de regresso foi bastante diferente, passando por terreolas que praticamente só conheço do mapa, a dar uma curva do caraças pelo interior. Devo ter demorado quase o dobro do tempo, mas foi uma voltinha turística, cheia de coisas novas para ver. Desta vez a camionete não cheirava a cebola e só tinha um andar, mas mesmo assim era bem mais alta do que um carro e a visibilidade também era bastante melhor - ok... ainda estou a pensar se isto será só fome de imagens, ou se não haverá aqui um instinto cusca qualquer.
E agora, como podem ver nesta auto-photo tirada ao espelho, apresento-lhes o Holter:
Resolvi publicar isto, não por ser uma descaradona exibicionista cheia de fungas para aparecer no blog em cuecas, mas para mostrar ao pessoal que bicho é este. Isto porque eu perguntei à minha tia e ao meu pai como era o Holter, uma vez que eles já tinham feito um exame destes, pelo menos para saber o que vestir para dar mais jeito, mas eles só me confirmaram a ideia de que devia levar uma camisola larga porque a caixinha fazia algum volume. É claro que eu levei uma camisola das minhas, com um decote até à beirinha do soutien, porque estava a contar que as chapinhas ficassem por cima do coração. Ninguém me avisou que ficavam cá tão pra cima, praticamente na base do pescoço. Resultado: tive de vir o caminho todo com o casaco apertado até ao gorgomilo, apesar do briol da manhã ter dado lugar a um sol radioso e de haver ar condicionado na camionete.
Aliás, como podem ver, as chapinhas ficam nuns sítios um tanto estranhos. Tenho duas do lado esquerdo, por baixo da mama (a photo foi tirada ao espelho, está ao contrário), duas à direita do esterno e uma nas costelas, também do lado direito. Mas em cima do motor propriamente dito, nem uma. Enfim, eles é que sabem.
A viagem deu para ponderar no que fazer a seguir. Por isso, cheguei a casa, agarrei na mochila e fui ao treino. Uma aula avulsa, uma vez que o médico me mandou ficar quieta e eu tenho cumprido, mas acho que treinar hoje era a coisa certa a fazer, uma vez que o que mais me preocupa é saber se posso continuar ou se estou em risco de me dar um treco e cair para o lado, como o primeiro exame parece indicar. Ok, é evidente que eu estava mesmo era danada pra voltar ao ginásio e isto foi uma óptima desculpa, mas pelo menos assim ficamos todos a saber o que é que me acontece ao motor durante um treino. Fui assentando as horas na tal folhinha, incluindo o bocado que passei no cardio e na musculação. ...Mas é claro que mesmo que depois a sentença não seja favorável, não faço tenções nenhumas de desistir; não se faz mais, faz-se menos - porque enfim, não convém nada morrer no ginásio, era chato, ia dar mau nome à casa - mas desistir não desisto.
Eu explico:
Alguém que já fez exercício a sério e que tenha parado deve saber como é a ressaca. Os músculos desatam a protestar que querem fazer força e o indígena fica com vontade de morder em alguém. Bem que nos esticamos para aliviar, mas um músculo habituado a ser puxado fica com fome de exercício e não se contenta só com alongamentos. E depois, eles não passam a vida a mandar a malta mexer-se? Não dizem que faz bem? Ora não me lixem.
E agora tou pra ver como vai ser para dormir. É que eu durmo com o meu gato encaixado entre o o meu braço e as costelas, com o ombro a servir-lhe de almofada, não sei se estão a ver. Posso sempre passar a caixinha para o outro lado, mas vai haver gato em cima dos fios, isso é limpinho. Enfim, desde que não arranque nenhum do sítio...
E agora vamos às couves (literalmente):
Altamente ramalhudas e fotogénicas, aqui estão as couves do vizinho de regresso ao blog. É um facto - a câmara digital pôs-me outra vez à caça de imagens, coisa que já não fazia há uns anos, sobretudo porque agora posso tirar catadupas de photos e aproveitar só meia dúzia para o album (o problema é que nunca são só meia dúzia...). Mas a verdade é que hoje, a ver o resultado das photos às couves, em que estava a tentar apanhar a textura e os recortes, fiquei com a certeza de que a minha Canon tradicional teria feito bastante melhor do que isto. Ou seja, acho que a próxima extravagância no meu orçamento vai ser uma digital com lentes a sério, para eu poder regular as aberturas e os tempos, que isto assim é um tanto frustrante. E agora pensam vocês: "esta gaja 'tá a querer gastar um balúrdio numa maquineta pra depois ir tirar o retrato às couves". Exactamente, meus lindos - cada um diverte-se como gosta e ninguém tem nada com isso. Mas por enquanto 'tou tesa, portanto tão depressa nem eu tenho um brinquedo novo, nem vocês vão ter de gramar couves em alta resolução.
Só mais uma, então:
E digam lá se não é um espectáculo de couve?
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