24.2.08

A ver a banda passar

O ermita a pensar que hoje podia ficar mais um bocado a dormir, porque é domingo e não ia haver ninguém a martelar logo às oito da manhã, mas afinal acordou de repente com um taratchim pum tcha pum tcha pum que logo se calou. Olá...?
Pois era a banda cá do sítio, não sei a propósito de quê (ainda fui ver ao boletim municipal, mas não falava de nada para hoje - calhando era só pra treinar). Estavam-se a formar mesmo aqui por baixo da minha varanda e é claro que fui logo a correr buscar a maquineta para registar o momento:

formar...





arrancar...





e lá vão eles


E até estavam muito bem afinadinhos, sim senhor, o que não deixa de ser assinalável, porque isto de ir a andar e a tocar ao mesmo tempo não deve ser nada fácil.

22.2.08

Eclipse lunar do dia 21

Era suposto começar às 00h 35m de dia 21, atingir o máximo por volta das 3 da manhã e terminar pelas 5. Mas o céu estava todo tapado (pelo menos por aqui - grrrr!) e eu bem que me fartei de ir à janela até às quinhentas e népias, não se via um boi, quanto mais um eclipse.

Por isso andei à procura de imagens e encontrei isto:


A data é de dia 20, devido à diferença horária do sortudo que conseguiu filmar o espectáculo.

E depois há esta maravilha:

21.2.08

A pedido de várias famílias...

Até agora, todos os que viram as fotografias do post sobre o minimercado cá do sítio e a seguir falaram comigo fizeram a mesma pergunta: "mas onde é que estavam estes santinhos todos?" Depreendo portanto que o meu português não deve ser lá muito claro, porque aparentemente ninguém percebeu que os santinhos estão no minimercado, mais exactamente por cima dos expositores. Aqui vai então a photo do conjunto, a ver se já não há duvidas:


Pois, de facto os minimercados por aqui são muito ecléticos.

Diário do Oeste - 10

Semana pouco produtiva para mim, com o trabalho a progredir a passo de caracol. Quase não meti o nariz fora de casa, por isso não sei se a Terra dos Loureiros foi muito atacada pelas chuvadas ou não, mas acho que por aqui não houve enchentes nem nada do género, apesar do Rio Grande de vez em quando se lembrar de fazer justiça ao nome e desatar a transbordar, para se vingar dos meses todos em que não passa de um riacho raquítico e malcheiroso. De qualquer maneira, como eu vivo na zona alta, estou a salvo da cheia - e se o aquecimento global acabar mesmo por fazer o nível do mar subir não sei quantos metros, provavelmente a minha casa vai ficar no meio de uma ilhota com vista para outra, com a igreja e o cruzeiro, porque aparentemente estamos ao mesmo nível.
Não é só o sítio que é alto; o meu andar também é. Bastante. Sobretudo para quem vem escada acima até aqui ao terceiro andar com uma bilha de gás às costas. "Uma só não custa..." dizia o desgraçado ainda deitar os bofes pela boca, armado em valente, "...mas se fossem três ou quatro, eu tinha dito logo ao patrão que as trouxesse ele". Poooois... o moço estava mesmo a querer mostrar que era um valentão. Mas pronto, chegou cá acima, largou a dita e instalou-me o novo rotor porque eu resolvi mudar de gás (mais barato e mais perto de casa). O que eu não fazia ideia é que este rotor era bastante mais alto e agora a gaveta que fica por cima já não entra. Mas tudo bem, é só mais um buraco. Mais um ou menos um é igual ao litro, porque de qualquer maneira a minha cozinha parece ter passado por um terramoto; volta e meia cai mais uma porta, que vai direitinha para o lixo porque isto já não tem conserto, está-se tudo a desfazer. Quando houver verba para tal, vou arrancar esta porcaria e pôr armários novos (e azulejos e ladrilhos e isso tudo). Olaré. E garanto que me vai dar um gozo do caraças arranjar uma bela marreta e desmachar o raças dos armários à cacetada. Hehehehe
E então, aqui há uns dias pesei-me na balança do posto médico e fiquei com os cabelos em pé: 57 quilos. Eu nunca tinha pesado 57 quilos. O meu máximo até agora, que eu desse conta, tinham sido os 56 aqui há uns anos e toda a gente me dizia "'tás mais gordinha..." (...putas) porque realmente eu estava com umas belas bochechas. Agora, como já passei os quarenta, já não há bochechas, por isso engordei mas continuo com a minha cara de fuínha e ninguém parece ter notado (ou então toda a gente notou mas ninguém diz nada ...putas). Passado o susto, decidi fazer uma dieta a sério. Nada de coisas farinhentas, chocolates nem pensar, alguma fruta para me fornecer algum açúcar e o resto é só paparoca saudável. ...Ok, tenho passado uma fome do caraças. Mas o facto é que já esvaziei um bocadinho o pneu. Ou assim achava eu, esta manhã a ver-me ao espelho (depois de ter saído do banho em alta velocidade a gritar oh da guarda porque se tinha acabado o gás). Vesti a saia e até apertei mais um furo ao cinto com toda a naturalidade, mais um bocadinho e desatava aos saltos como as meninas do anúncio, "serviu! serviu!". Toda animadinha, passei na farmácia e fui-me pesar, a ver quanto é que eu já tinha perdido. E a malvada maquineta diz-me com toda a lata: 58,80.
Sim, eu sei, são balanças diferentes.
A propósito, está na hora de ir trincar qualquer coisita...

Três coisas lindas só para terminar:


o arbusto da Odete


as flores da tia


a Zarosky a ajudar-me a fazer a cama

13.2.08

Yes!!!

O ermita autorizado a voltar ao ginásio, a cantar trailailai e a dar pulos de contente (mas a pular devagarinho, que o motor começa a falhar a mais de 100 pum-puns por minuto - nada de exageros).

12.2.08

O ermita no minimercado

Ora cá está a contra-prova: depois de termos ficado a saber que afinal a água do Fastio era considerada uma bebida alcoólica (ver post de dia 31 de Janeiro), confirmamos agora, para gáudio de muitos, que afinal o JB e seus congéneres não fazem mal a ninguém.

Passando por outra prateleira do mesmo minimercado, o ermita encontrou estas belezas, mercadoria nova que na semana passada ainda não estava em exposição; porque, acreditem ou não, há gente que compra estas coisas e que as pendura na parede (!!!):



chouriças abençoadas (ou abençoada chouriça...?)
O artista que pintou (ou pintalgou) o Jota Cristo y sus muchachos desta maneira que se ponha a pau, que ainda vai acabar a arder nos infernos pelo crime repetido de poluição visual com intenção estupidificadora.
Pronto, agora uma coisa bonita pra aliviar os olhinhos, tirada à porta do minimercado:

10.2.08

Arrrrrgh!!!!

Acabo de ler num artigo do NZ Herald que o lindinho que me inspira os sonhos eróticos afinal é gay.
...acho que vou ter de planear melhor os argumentos dos meus sonhos.

7.2.08

Diário do Oeste - 9

Hoje tive de pôr o cu fora da cama às 7 da manhã, coisa muuuuito rara (e difícil) para mim, para conseguir chegar a horas a Torres Vedras. Dia de pôr o Holter, um aparelhinho que faz um electrocardiograma de 24 horas, o que quer dizer que amanhã vai ser a mesma fita, a ter de acordar cedo e ir enfrentar o briol da manhã até à paragem das camionetes - ah pois, vou de camionete porque é sempre uma tourada para estacionar em Torres. Mas até foi giro. Ir de camionete, digo. Fui numa daquelas bisarmas de dois andares, que começou por despejar uma data de putos do liceu antes do pessoal embarcar. Lá dentro havia um forte cheirinho a refogado, não sei se exalado pelos putos que lá vinham ou se já estava impregnado nos estofos, porque me continuou a acompanhar durante a viagem toda. E pois, aquilo tinha banquinhos estofados, com cinto de segurança e tudo, olaré, completamente a léguas daqueles autocarros verdes de dois andares com bancos de suma-pau onde eu andava na altura do meu liceu - que pelos vistos agora já nem se chama liceu, é outra coisa qualquer que ainda não fixei (sinal de que também não me interessa). Cheirete à parte, foi uma viagem curta e confortável q.b. que me deu uma perspectiva completamente nova da estrada onde me farto de passar todas as semanas. Lá de cima, do primeiro andar da camionete, temos uma vista panorâmica para dentro dos quintais, para o fundo dos barrancos e para o interior das povoações, que vistas da altura de um banco de automóvel parecem ser só duas filas de fachadas com uma estrada no meio.
Bom, cheguei lá, meteram-me o aparelhinho, deram-me uma folha para assentar o que me for acontecendo durante o dia e mandaram-me para casa. A viagem de regresso foi bastante diferente, passando por terreolas que praticamente só conheço do mapa, a dar uma curva do caraças pelo interior. Devo ter demorado quase o dobro do tempo, mas foi uma voltinha turística, cheia de coisas novas para ver. Desta vez a camionete não cheirava a cebola e só tinha um andar, mas mesmo assim era bem mais alta do que um carro e a visibilidade também era bastante melhor - ok... ainda estou a pensar se isto será só fome de imagens, ou se não haverá aqui um instinto cusca qualquer.


E agora, como podem ver nesta auto-photo tirada ao espelho, apresento-lhes o Holter:


não deixes de te atafulhar em chocolate, não...


Resolvi publicar isto, não por ser uma descaradona exibicionista cheia de fungas para aparecer no blog em cuecas, mas para mostrar ao pessoal que bicho é este. Isto porque eu perguntei à minha tia e ao meu pai como era o Holter, uma vez que eles já tinham feito um exame destes, pelo menos para saber o que vestir para dar mais jeito, mas eles só me confirmaram a ideia de que devia levar uma camisola larga porque a caixinha fazia algum volume. É claro que eu levei uma camisola das minhas, com um decote até à beirinha do soutien, porque estava a contar que as chapinhas ficassem por cima do coração. Ninguém me avisou que ficavam cá tão pra cima, praticamente na base do pescoço. Resultado: tive de vir o caminho todo com o casaco apertado até ao gorgomilo, apesar do briol da manhã ter dado lugar a um sol radioso e de haver ar condicionado na camionete.
Aliás, como podem ver, as chapinhas ficam nuns sítios um tanto estranhos. Tenho duas do lado esquerdo, por baixo da mama (a photo foi tirada ao espelho, está ao contrário), duas à direita do esterno e uma nas costelas, também do lado direito. Mas em cima do motor propriamente dito, nem uma. Enfim, eles é que sabem.
A viagem deu para ponderar no que fazer a seguir. Por isso, cheguei a casa, agarrei na mochila e fui ao treino. Uma aula avulsa, uma vez que o médico me mandou ficar quieta e eu tenho cumprido, mas acho que treinar hoje era a coisa certa a fazer, uma vez que o que mais me preocupa é saber se posso continuar ou se estou em risco de me dar um treco e cair para o lado, como o primeiro exame parece indicar. Ok, é evidente que eu estava mesmo era danada pra voltar ao ginásio e isto foi uma óptima desculpa, mas pelo menos assim ficamos todos a saber o que é que me acontece ao motor durante um treino. Fui assentando as horas na tal folhinha, incluindo o bocado que passei no cardio e na musculação. ...Mas é claro que mesmo que depois a sentença não seja favorável, não faço tenções nenhumas de desistir; não se faz mais, faz-se menos - porque enfim, não convém nada morrer no ginásio, era chato, ia dar mau nome à casa - mas desistir não desisto.
Eu explico:
Alguém que já fez exercício a sério e que tenha parado deve saber como é a ressaca. Os músculos desatam a protestar que querem fazer força e o indígena fica com vontade de morder em alguém. Bem que nos esticamos para aliviar, mas um músculo habituado a ser puxado fica com fome de exercício e não se contenta só com alongamentos. E depois, eles não passam a vida a mandar a malta mexer-se? Não dizem que faz bem? Ora não me lixem.
E agora tou pra ver como vai ser para dormir. É que eu durmo com o meu gato encaixado entre o o meu braço e as costelas, com o ombro a servir-lhe de almofada, não sei se estão a ver. Posso sempre passar a caixinha para o outro lado, mas vai haver gato em cima dos fios, isso é limpinho. Enfim, desde que não arranque nenhum do sítio...
E agora vamos às couves (literalmente):




Altamente ramalhudas e fotogénicas, aqui estão as couves do vizinho de regresso ao blog. É um facto - a câmara digital pôs-me outra vez à caça de imagens, coisa que já não fazia há uns anos, sobretudo porque agora posso tirar catadupas de photos e aproveitar só meia dúzia para o album (o problema é que nunca são só meia dúzia...). Mas a verdade é que hoje, a ver o resultado das photos às couves, em que estava a tentar apanhar a textura e os recortes, fiquei com a certeza de que a minha Canon tradicional teria feito bastante melhor do que isto. Ou seja, acho que a próxima extravagância no meu orçamento vai ser uma digital com lentes a sério, para eu poder regular as aberturas e os tempos, que isto assim é um tanto frustrante. E agora pensam vocês: "esta gaja 'tá a querer gastar um balúrdio numa maquineta pra depois ir tirar o retrato às couves". Exactamente, meus lindos - cada um diverte-se como gosta e ninguém tem nada com isso. Mas por enquanto 'tou tesa, portanto tão depressa nem eu tenho um brinquedo novo, nem vocês vão ter de gramar couves em alta resolução.
Só mais uma, então:
E digam lá se não é um espectáculo de couve?

4.2.08

Diário do Oeste - 8

Fim de semana com a comadre e o afilhado, de visita à Terra dos Loureiros, óptima variante aos meus fins de semana sempre iguais. A comadre até fez a gracinha de vestir o moço todo de preto (com um casaco encarnado por cima), a combinar com a maluca da madrinha. Oh pra eles aqui:
a comadre com o reguila no quintal da tia


o Gabriel com a madrinha (a fazer um arzinho tão fatela que nem pareço eu...)


Pena o tempo não ter ajudado lá muito, que quase não deu para pôr o nariz fora de casa, sobretudo no domingo, que estava de chuva e com um frio do caneco. Mesmo assim, logo de manhã andava uma vizinha a passear o cão em pijama (a vizinha, não é o cão), de robe e chinelos, com um ar todo descontraído apesar da temperatura - é o que eu digo, estes indígenas estão bem aclimatados, não congelam facilmente. Já o desgraçado do meu afilhado fartou-se de se queixar do frio, 'tadinho, apesar de ter duas camisolas, um casaco acolchoado e uns collants por baixo da máscara de mosqueteiro. Mas ficou uma lindeza, ora vejam:



ele aí tá!!!


a coisa fofa da madrinha
Hoje o dia amanheceu farrusco mas acabou por se compor com um sol bestial e uma temperatura decente, por isso agarrei na tia e fomos dar uma volta até ao Paimogo. Não fotografei o forte porque fiquei bastante desapontada com as obras (e com os tapumes e cangalhadas que deixaram por lá a estragar a paisagem). Pelo Boletim Municipal cá do sítio, acreditei que os trabalhos já tinham acabado e pensava que aquilo já estava aberto, bonitinho e arranjadinho, mas afinal está tudo praticamente igual à última vez que lá estive, há quase um ano atrás. Demasiado cimento, acho eu. Espero que ao menos dêem rapidamente uma boa caiadela naquilo, a ver se lhe tira aquele ar de coisa remendada à rai’s te parta. Por isso só mostro as photos da praia:

a praia do Paimogo



um bocado da costa, desde o Paimogo até à Areia Branca





Como o tempo estava limpo, conseguia-se ver a Berlenga lá ao fundo com uma definição bestial; esta casa aqui em primeiro plano é uma coisa qualquer do estado e tem sempre esse pirolito no ar a andar à roda - mas não faço ideia do que seja.
E aqui é a chamada "igreja do castelo" cá da Terra dos Loureiros, embora do dito castelo já não reste mais nada - só mesmo a igreja.
A porta lateral e a torre, bastante posterior ao resto da construção - e instalada por um arquitecto sucateiro, que construiu a torre a tapar metade das janelas e fez pra lá uns ajustes bué da rascas (acho eu, que sou uma niquenta do piorio).

a fachada ao sol
a cruz do miradouro, uma coluna aproveitada para instalar uma cruz que devia ter sobrado de outro lado - pois, a bota não condiz nada com a perdigota, mas o efeito até não está mau

a cruz vista mais de perto (e viva o zoom)

Raça esquisita...

Laranjeiras na rua do ginásio - devem ser de uma espécie nova, que só dá laranjas na parte de cima. Que esquisito, não é...? (o ermita armado em parvo)

1.2.08

Diário do Oeste - 7

Manhã passada de máquina em riste, a correr atrás dos putos que hoje invadiram a Terra dos Loureiros, para comemorarem o Carnaval e os 200 anos da batalha do Vimeiro.
Então cá temos:
a abertura do desfile


Relembrando a história:


andavam os portugueses por aqui a pastar


quando apareceram os franceses

vai daí reuniu-se a tropa toda

e ainda chamaram os ingleses para ajudar à festa (e às pilhagens)
e no final quem se lixou mesmo foram estes
os saloios, evidentemente,
enquanto a realeza fazia pose para o retrato

mas como isto é para criancinhas, tem de acabar tudo bem:
(abram a photo para ler o que lá está)
E agora mais uns quantos do desfile, mas que não faziam parte deste enredo:

polícia montada
a mãe coelha com parte da ninhada

uma grande manada

e um bando eclético