31.8.08
Espectacular
Photo da comadre que ela acabou de me enviar. Abram para ver em grande, que até se topam os pelos das pernas do gafanhoto.
17.8.08
3 photos
Photo da comadre no feriado dia 15, tirada da minha varanda.
A banda cá da Terra dos Loureiros em pleno tara-tchim-pum.
Photo do meu afilhado, ao pé da churrasqueira da Milucha.
Quem é que já 'tá a aprender alguma coisa com a madrinha, quem é? ...Ah lindo!
Photo minha bué da rasca, a tentar apanhar o eclipse lunar da noite passada da minha varanda. E foi o que se pôde arranjar, que o meu zoom não dá pra mais.
A banda cá da Terra dos Loureiros em pleno tara-tchim-pum.
Photo do meu afilhado, ao pé da churrasqueira da Milucha.
Quem é que já 'tá a aprender alguma coisa com a madrinha, quem é? ...Ah lindo!
Photo minha bué da rasca, a tentar apanhar o eclipse lunar da noite passada da minha varanda. E foi o que se pôde arranjar, que o meu zoom não dá pra mais.
13.8.08
11.8.08
Previsão meteorológica
"O telejornal diz que vai chover na rua toda!"
~ o meu afilhado a confundir a semana com a rua
~ o meu afilhado a confundir a semana com a rua
10.8.08
Diário do Oeste - 22
E pronto, acabaram as obras e já tenho os armários montados - conforme prometido, aqui vai a cozinha do ermita para vocês verem:
E tenho um lava-louças amarelo! Weeee!Mas há uma coisa que não entendo lá muito bem. Falo da minha panca inédita pelas limpezas. É um tanto estranho, sobretudo para uma baldas como eu, passar agora a vida a limpar a mínima dedada dos armários, com um zelo como nunca tive. Talvez por ser uma coisa nova - mas não tenho tantos pruridos com a casa de banho, que também foi toda reformada, como já aqui mostrei no último Diário. Ou talvez por ter custado bastante mais do que eu estava à espera, porque afinal o sacrista do carpinteiro tinha-me dado um orçamento sem IVA e em seguida ainda meteu mais uma série de extras com que eu não contava. Ou então, mais provavelmente, é por eu ter finalmente uma cozinha ao meu gosto, uma cozinha como nunca tive, porque até agora sempre vivi com remedeios, a aproveitar os móveis de umas casas para as outras, sempre na base do desenrasca, do provisório e do dá pra safar. De raiz, do zero, acho que nunca tive coisa nenhuma. E agora é ver-me de pano na mão todos os dias, cheia de zelos, a limpar todos os pingos de água de cima da bancada, para o calcário não deixar manchas na minha bela cozinha nova.
Mas isto passa. Ou não. Logo se vê.
E além das obras e da semana atrapalhada, cheia de trabalho, a única novidade foi a comadre ter aparecido com o afilhado para passarem umas mini-férias comigo, aqui na Terra dos Loureiros.
Já o apresentei aqui, mas ainda ninguém o tinha visto com os óculos. Nem eu. Pelo menos ao vivo. Mas ficou muito giro:
Aqui a versão do Harry Potter em miniatura é o meu afilhado com um casaco de malha da madrinha, no dia em que eles cá chegaram.
Pois vinha a comadre cheia de fungas para ir passar estes dias na praia, a torrar ao sol que nem uma iguana dos Galápagos, e chegou aqui e deu com o belo microclima cá do sítio, farrusco, ventoso e instável - o costume. Mas sempre é mais saudável (e agradável) do que o calor poluído de Lisboa nesta altura do ano. E depois, mesmo que agora não apanhem grandes dias de sol, eles já tinham andado a banhos este ano, como nesta photo tirada pelo compadre que descarreguei há bocado da maquineta dela:
A comadre na piscina com o Gabriel, antes deles terem vindo para cá tomar banho de areia, que na praia tem estado um ventinho do caraças.
E quanto ao pobre do compadre, ficou em Lisboa a trabalhar e a tratar dos miaus,
a Quicas e o Yuki, estas duas fofuras aqui.
Mas ainda vai dando para molhar o rabiosque aqui na Areia Branca, evidentemente, como fez o Gabriel dentro da sua barroca:
E vocês não se assarapantem, que nem o gaiato está desta cor, nem a areia daqui é amarelo torrado; isto é simplesmente uma photo da comadre com photoshop meu - está demasiado saturada para se distinguir bem a água a esparrinhar.
Hoje fomos almoçar na praia de Santa Rita, nós os três mais a tia, como podem comprovar aqui na photo que o Gabriel nos tirou no parque de estacionamento:
O ermita, a tia e a comadre; três bruxas em três estilos. Uma pandilha do caraças. Ehehehe.
E o meu lindinho não é tão fotogénico? Oh pra ele:
A seguir parámos na praia de Porto Novo, logo ali ao lado, e fomos fotografar os patos reais na foz do rio Alcabrichel.
Em 2003 e 2004 houve aí uns cabrões, daqueles que estavam melhor sem cabeça, que fizeram descargas de produtos tóxicos para o rio e deram cabo dos patos todos aqui da zona. Não sei como está agora a situação dos patos reais de Porto Novo, mas pelo menos encontrámos um bom grupinho deles a tomar banho de sol nas margens e a posar para os turistas.
Uma photo da comadre, com um patinho a catar-se,
que o zoom da minha máquina não é suficiente para apanhar patinhos lá tão longe.
E entretanto apareceram dois putos chatos que resolveram ir à areia ter com eles, o que só resultou numa debandada geral de pato ao banho.
fujam, que vêm lá os bárbaros
E fugiram todos rio acima. Fim da sessão fotográfica. Ah putos dum sacana.
Voltámos então a casa da tia, onde ela aproveitou para atacar os cigarros da comadre, como vocês podem comprovar aqui, no momento em que a apanhei com a boca na botija:
Para quem não se lembra ou nunca passou pelo meu blog, basta dar uma espreitadela às entradas antigas para a verem no hospital aqui há um mês, depois de operada aos gasganetes, com tubos no pescoço e no nariz e na mão e sei lá mais aonde. Nessa altura, cada vez que alguém lhe dizia que ela nunca mais podia tocar no tabaco, a tia confirmava que não, nunca jamais, que tinha feito uma jura sagrada (seja lá o que isso for...) e que nunca mais ia tocar em tal coisa. E agora, depois de já me ter cravado duas passas esporádicas (à terceira ofereci-lhe porrada) e de hoje ter chuchado um cigarro inteiro, continua a dizer que não, que "é só para ver a que sabe", argumento de viciado na ressaca antes de começar a amarinhar pelas paredes, como toda a gente sabe. Pois a acreditar na tal jura, acho que teria sido a altura certa para os anjinhos lhe mandarem um raio à cabeça. Mas pelos vistos esses tais devem ter mais que fazer.
Enfim, passando para o quintal da tia, onde o ar é bem mais respirável (quando o vizinho não anda a espalhar estrume, claro), temos aqui duas florinhas de erva da fortuna roxa:
Existem várias qualidades de erva da fortuna e creio que esta é a única que dá flor. Mas eu também não devo conhecer as variedades todas. Quando muito umas cinco...
E aqui são flores de uma trepadeira ainda a ganhar força num vaso antes de poder passar para a terra do canteiro:
Mas já está toda arrebitadinha:
E uma grilinha que encontrei no quintal, na noite do domingo passado:
Abram a photo, que vale a pena ver bem o bicho. Topa-se que é uma grila porque os grilos machos têm dois rabinhos e as fêmeas têm três. Não cantam mas são uns bichinhos simpáticos na mesma, que nem se importam de posar na mão dos maraus que as querem fotografar. Belas antenas, hem?
Termino com mais uma photo de texturas, desta vez com calhaus. Bué da calhaus, aliás.
9.8.08
Boulevard of broken dreams
I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's home to me and I walk alone
I walk this empty street
On the Boulevard of Broken Dreams
Where the city sleeps
and I'm the only one and I walk alone
I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the border line
Of the edge and where I walk alone
Read between the lines
What's fucked up and everything's alright
Check my vital signs
To know I'm still alive and I walk alone
I walk alone
I walk alone
My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'Til then I walk alone
2.8.08
Diário do Oeste - 21
O ermita em obras.
Porque bem precisava, convenhamos. Se não, reparem lá bem nos azulejos horrendos que me tinham calhado na rifa:
Coisas destas sempre me causaram uma certa perplexidade porque isto nunca é obra de um fulano só, de um sacrista qualquer com um gosto altamente duvidoso, não, se pensarem um bocadinho vão ver que são precisos vários para se chegar a um resultado destes: primeiro o que fez o desenho, depois o fabricante que concordou em o imprimir nos azulejos, a seguir o gajo da loja de materiais de construção, que achou que ia ter clientes para isto, e por fim o construtor do prédio, que me pôs esta bela coisa na parede. Ao pior estilo anos 70, em azul escuro sobre um fundo pardacento, de desenho enorme, carregado e assustador. Pelo menos para mim, que assim que arranjei umas massas logo tratei de os tapar. E agora é um alívio para a vista:
Tudo branco - ahhhh...
Uma cruzeta nas juntas.
Terminada a casa de banho, passámos à cozinha. Não tenho photos de como estava antes, não por pudor de mostrar os azulejos foleirotes, com florecas cor de rosa num fundo bege, nem os armários de fórmica com as portas a cair e o tampo a descascar, mas porque já estava tão entupida em pó de azulejo, uma espécie de farinha branca que se mete por todo o lado, que não fui lá fotografar aquilo para a despedida. Mas vocês também não perdem nada, acreditem. Por isso, mostro aqui as obras ainda a meio, mas já bastante adiantadas:
E aqui já só faltando alguns retoques, que ficaram para 2ª-feira:
E viram o meu lindo candeeiro novo? Mesmo ainda meio deslampadado e tudo?
Comecei por me assustar com o "amarelo mostarda" quando o vi na parede - no catálogo era só um quadradinho de 2x2 cm e não dava para ver o efeito, né? Como a photo é nocturna, parece altamente cor de laranja, mas não, é um amarelo torrado, muito torrado, e um tanto alaranjado, é um facto, mas com o sol da manhã fica exactamente da cor que eu queria, garanto. O pior é no resto do dia... Mas não 'tá mau. Ou então fui eu que já me habituei. Estava fartinha dos pastéis. Tinha a casa toda pastel. Nháá...
Prefiro um efeito mais dramático, com cores fortes e grandes contrastes, acreditem, ainda que houvesse por aí muito boa gente que ouviu falar em remodelações e decorações e pensasse logo que eu ia pintar a casa de preto, pendurar morceguinhos no candeeiro e pôr caveiras na mesa de cabeceira, com uns olhinhos vermelhos a brilhar, estilo família Adams. Não, lindos, não é que eu não ache piada a isso, pois, mas isto é a minha casa, não é uma sucursal do castelo fantasma da feira popular.
E agora, se o homem dos móveis cumprir o que prometeu, daqui a uns dias tenho os balcões novos. E depois eu mostro como ficou.
Por falar em fantasmas, podem crer que uma feira deserta, mesmo ao sol da uma da tarde, é um sítio um tanto sinistro. Como eu pude comprovar no domingo passado, na festa de Santiago. Acreditando no cartaz, fui até lá com a tia, à procura das tais tasquinhas do programa, como vocês podem ler aqui em baixo:
Para quem tem bom olho ou não se deu ao trabalho de abrir a imagem, diz ali, no domingo 27:
12.30 - Tasquinhas e Exposições da Freguesia.
Quanto às tais das exposições, havia um pavilhão cheio de bancas de artesanato, mas que afinal só abria às quatro e meia. E cá fora, o cenário era este:
Estão a ver o que eu quero dizer com a feira fantasmagórica? Não dá para sentir o desamparo, mas dá para ver que não há aqui ninguém. Em plena hora de almoço, onde deveria haver gente a almoçar e cheiro a sardinhas assadas, não havia nem vivalma. Passado um bocado lá começaram a aparecer os donos das tasquinhas, mas clientes nem vê-los. Uma pasmaceira medonha.
Posta de parte a ideia do almoço, passámos então as vistas pelas tendas das instituições cá do sítio: o rancho, o clube de futebol, os bombeiros e os escuteiros. Tudo às moscas.
O pavilhão do rancho, com a bandeira ao fundo - quanto a mim um falhanço de design, porque eu olho para aqui e vejo uma cena de porrada, com um gajo lançado, em vias de enfiar uma murraça numa rapariga cheia de medo, toda encolhida, com as mãos à frente da cara para proteger o nariz. Chiça...!
Aqui no quadrinho naïf, pelo menos os bonecos são bem mais patuscos:
Passando à tenda do Campelense, encontrámos estas taças todas e mais uma série de fotografias na parede, com as várias fases da equipa de futebol cá da terra.
Pelas camisolas à esquerda, podíamos pensar que isto era o pavilhão do Barcelona, mas não, era mesmo do Campelense. As camisolas do Barcelona têm as riscas mais largas... ...como podem ver pela photo deste moço aos pulos que eu encontrei na net.
E por falar em futebois, além de lhes mostrar este pormenor da mesa dos matrecos que estava à porta (fechada) do pavilhão do artesanato,
aproveito para perguntar se já viram um programa da RTP chamado "A liga dos últimos". Se não viram ainda, podem vê-lo aqui; ou então esperem pela próxima noite de sexta-feira.
Eu ainda só vi um programa e meio, mas enquanto estava a ouvir as entrevistas, de queixos completamente caídos, só conseguia pensar que toda aquela malta vota.
Acho que foi o Churchill que disse que o melhor argumento contra a democracia é cinco minutos de conversa com um eleitor médio.
Mas passemos a coisas menos deprimentes, como a coisa linda da dona: A coisa linda a descansar em cima de uma caixa do Ikea com uma vitrina lá dentro, ou coisa que o valha, que já não cabia debaixo da cama.
E a coisa linda já a fazer a sesta. Haverá sítios mais confortáveis, mas pronto, este era novidade, portanto...
Nesta aqui temos uma árvore de fogo, ou pelo menos assim lhe chama o meu progenitor, embora este exemplar aqui na praça da Câmara da Terra dos Loureiros dê fogo em cor-de-rosa.
Cá por mim eu chamava-lhe a árvore que dá vespas, já que todos os cachos de flores estavam cheiinhos delas, a empanturrarem-se de néctar dentro dos buraquinhos.
E esta é uma florinha roxa de feitio bastante esquisito que se dá por baixo da árvore das vespas:
Uma beleza retorcida cheia de pincelinhos.
Aqui temos flores de oleandro:
Esta não sei o que é, mas também se dá ao pé das árvores das vespas:
E aqui a coisa amarela com um belo estame cheio de pirolitos é o hibisco do progenitor:
Para a colecção das texturas: a pontinha de uma pena de pombo.
E para a colecção das aselhices: uma peúga desaparecida em combate contra o aspirador já há uns dois anos, em estado perfeitamente imundo, como seria de esperar. Se calhar eu devia limpar o saco do aspirador com mais frequência, pois, mas o coisinho vermelho não acusava que aquilo estava cheio, portanto...
Eu bem que estava a estranhar o raças do aspirador aquecer tanto... Haviam de ver a quantidade de cotão que saiu lá de dentro. Coisinho malvado que não me avisou.
Porque bem precisava, convenhamos. Se não, reparem lá bem nos azulejos horrendos que me tinham calhado na rifa:
Coisas destas sempre me causaram uma certa perplexidade porque isto nunca é obra de um fulano só, de um sacrista qualquer com um gosto altamente duvidoso, não, se pensarem um bocadinho vão ver que são precisos vários para se chegar a um resultado destes: primeiro o que fez o desenho, depois o fabricante que concordou em o imprimir nos azulejos, a seguir o gajo da loja de materiais de construção, que achou que ia ter clientes para isto, e por fim o construtor do prédio, que me pôs esta bela coisa na parede. Ao pior estilo anos 70, em azul escuro sobre um fundo pardacento, de desenho enorme, carregado e assustador. Pelo menos para mim, que assim que arranjei umas massas logo tratei de os tapar. E agora é um alívio para a vista:
Tudo branco - ahhhh...
Uma cruzeta nas juntas.
Terminada a casa de banho, passámos à cozinha. Não tenho photos de como estava antes, não por pudor de mostrar os azulejos foleirotes, com florecas cor de rosa num fundo bege, nem os armários de fórmica com as portas a cair e o tampo a descascar, mas porque já estava tão entupida em pó de azulejo, uma espécie de farinha branca que se mete por todo o lado, que não fui lá fotografar aquilo para a despedida. Mas vocês também não perdem nada, acreditem. Por isso, mostro aqui as obras ainda a meio, mas já bastante adiantadas:
E aqui já só faltando alguns retoques, que ficaram para 2ª-feira:
E viram o meu lindo candeeiro novo? Mesmo ainda meio deslampadado e tudo?
Comecei por me assustar com o "amarelo mostarda" quando o vi na parede - no catálogo era só um quadradinho de 2x2 cm e não dava para ver o efeito, né? Como a photo é nocturna, parece altamente cor de laranja, mas não, é um amarelo torrado, muito torrado, e um tanto alaranjado, é um facto, mas com o sol da manhã fica exactamente da cor que eu queria, garanto. O pior é no resto do dia... Mas não 'tá mau. Ou então fui eu que já me habituei. Estava fartinha dos pastéis. Tinha a casa toda pastel. Nháá...
Prefiro um efeito mais dramático, com cores fortes e grandes contrastes, acreditem, ainda que houvesse por aí muito boa gente que ouviu falar em remodelações e decorações e pensasse logo que eu ia pintar a casa de preto, pendurar morceguinhos no candeeiro e pôr caveiras na mesa de cabeceira, com uns olhinhos vermelhos a brilhar, estilo família Adams. Não, lindos, não é que eu não ache piada a isso, pois, mas isto é a minha casa, não é uma sucursal do castelo fantasma da feira popular.
E agora, se o homem dos móveis cumprir o que prometeu, daqui a uns dias tenho os balcões novos. E depois eu mostro como ficou.
Por falar em fantasmas, podem crer que uma feira deserta, mesmo ao sol da uma da tarde, é um sítio um tanto sinistro. Como eu pude comprovar no domingo passado, na festa de Santiago. Acreditando no cartaz, fui até lá com a tia, à procura das tais tasquinhas do programa, como vocês podem ler aqui em baixo:
Para quem tem bom olho ou não se deu ao trabalho de abrir a imagem, diz ali, no domingo 27:
12.30 - Tasquinhas e Exposições da Freguesia.
Quanto às tais das exposições, havia um pavilhão cheio de bancas de artesanato, mas que afinal só abria às quatro e meia. E cá fora, o cenário era este:
Estão a ver o que eu quero dizer com a feira fantasmagórica? Não dá para sentir o desamparo, mas dá para ver que não há aqui ninguém. Em plena hora de almoço, onde deveria haver gente a almoçar e cheiro a sardinhas assadas, não havia nem vivalma. Passado um bocado lá começaram a aparecer os donos das tasquinhas, mas clientes nem vê-los. Uma pasmaceira medonha.
Posta de parte a ideia do almoço, passámos então as vistas pelas tendas das instituições cá do sítio: o rancho, o clube de futebol, os bombeiros e os escuteiros. Tudo às moscas.
O pavilhão do rancho, com a bandeira ao fundo - quanto a mim um falhanço de design, porque eu olho para aqui e vejo uma cena de porrada, com um gajo lançado, em vias de enfiar uma murraça numa rapariga cheia de medo, toda encolhida, com as mãos à frente da cara para proteger o nariz. Chiça...!
Aqui no quadrinho naïf, pelo menos os bonecos são bem mais patuscos:
Passando à tenda do Campelense, encontrámos estas taças todas e mais uma série de fotografias na parede, com as várias fases da equipa de futebol cá da terra.
Pelas camisolas à esquerda, podíamos pensar que isto era o pavilhão do Barcelona, mas não, era mesmo do Campelense. As camisolas do Barcelona têm as riscas mais largas... ...como podem ver pela photo deste moço aos pulos que eu encontrei na net.
E por falar em futebois, além de lhes mostrar este pormenor da mesa dos matrecos que estava à porta (fechada) do pavilhão do artesanato,
aproveito para perguntar se já viram um programa da RTP chamado "A liga dos últimos". Se não viram ainda, podem vê-lo aqui; ou então esperem pela próxima noite de sexta-feira.
Eu ainda só vi um programa e meio, mas enquanto estava a ouvir as entrevistas, de queixos completamente caídos, só conseguia pensar que toda aquela malta vota.
Acho que foi o Churchill que disse que o melhor argumento contra a democracia é cinco minutos de conversa com um eleitor médio.
Mas passemos a coisas menos deprimentes, como a coisa linda da dona: A coisa linda a descansar em cima de uma caixa do Ikea com uma vitrina lá dentro, ou coisa que o valha, que já não cabia debaixo da cama.
E a coisa linda já a fazer a sesta. Haverá sítios mais confortáveis, mas pronto, este era novidade, portanto...
Nesta aqui temos uma árvore de fogo, ou pelo menos assim lhe chama o meu progenitor, embora este exemplar aqui na praça da Câmara da Terra dos Loureiros dê fogo em cor-de-rosa.
Cá por mim eu chamava-lhe a árvore que dá vespas, já que todos os cachos de flores estavam cheiinhos delas, a empanturrarem-se de néctar dentro dos buraquinhos.
E esta é uma florinha roxa de feitio bastante esquisito que se dá por baixo da árvore das vespas:
Uma beleza retorcida cheia de pincelinhos.
Aqui temos flores de oleandro:
Esta não sei o que é, mas também se dá ao pé das árvores das vespas:
E aqui a coisa amarela com um belo estame cheio de pirolitos é o hibisco do progenitor:
Para a colecção das texturas: a pontinha de uma pena de pombo.
E para a colecção das aselhices: uma peúga desaparecida em combate contra o aspirador já há uns dois anos, em estado perfeitamente imundo, como seria de esperar. Se calhar eu devia limpar o saco do aspirador com mais frequência, pois, mas o coisinho vermelho não acusava que aquilo estava cheio, portanto...
Eu bem que estava a estranhar o raças do aspirador aquecer tanto... Haviam de ver a quantidade de cotão que saiu lá de dentro. Coisinho malvado que não me avisou.
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