Não é de manutenção difícil; basicamente é só dar-lhe uma boa barrela de manhã e depois não me esquecer de lhe dar de comer umas quatro vezes ao dia. O mais difícil é manter a criatura entretida nos intervalos, mas foi para isso que se inventaram os jogos no computas, o canal dos bonecos, a playstation e as cartas dos pokémons. Mesmo assim não chega, que estas criaturinhas são assim minorcas mas têm mais energia que as pilhas duracel. É nessas alturas que temos de ir dar uma volta, que sempre ajuda a cansar o bicho e a deixá-lo a dormir que nem um anjinho.
O Gabriel na azenha de Santa Cruz.
A azenha continua inteira.
Uma latada florida em Santa Cruz:
Um contraluz indecente na praia de Porto Novo:
"Como é que conseguiram pôr ali uma pedra tão grande?"
Ah, estas cabecinhas...
E pois, a criatura até conseguiu convencer o ermita a ir à praia - meio vestido e todo besuntado de protector, claro, mas também não me estão a ver de papo para o ar a apanhar sol, n'é? Claro que cheguei lá e desatei logo à cata de fósseis, conchinhas e calhaus giros:
O ermita na praia da Peralta a amarinhar pela barreira acima, quase a mostrar as cuecas ao pessoal.
É claro que o puto desatou logo a deitar a mão a tudo o que era pedregulho.
O Gabriel na Areia Branca com uma granda pedra - literalmente.
Entretanto encontrei uma data de bichinhos de conta a escorregar pela areia abaixo, alguns em risco de ir ao banho, e levei-os para a barreira, para onde havia ervas.
"Mas tu agarras em tudo! Um dia ainda agarras num cocó de cão!"
Expliquei-lhe que não tenho nenhum interesse particular em cocós de cão, mas que o meu pai tem vários cocós de dinossauro lá em casa (coprólitos).
"A sério?! Ele tem cocólitos?!"
Ok, etimologicamente vai dar ao mesmo.
Além de conchas fossilizadas, a barreira está cheia de formações interessantes com umas belas texturas:
rocha às fatias
rocha às bolinhas
rocha rachada
rocha às tirinhas
e isto assim na photo até ficou bonito, mas ao vivo era um regueiro malcheiroso
umas carantonhas esculpidas nas rochas do Porto das Barcas, ao pé do estacionamento
e uma data de pedregulhos desarrumados na mesma praia.
Outra voltinha até à costa, esta pela foz da Areia Branca:
As dunas que se vêem lá ao fundo na outra photo:
as flores da areia:
Rabos de raposa (acho eu que isto se chama) ao pé da ponte:
Comecei a fazer um castelo na areia molhada, mas o Gabriel antes quis um tubarão. Transformei o monte do castelo numa espécie de focinho de tubarão e ele pediu que fizesse duas cabeças, como o do monstro do filme do Syfy que passou aqui há dias. Em seguida, quando viu a fotografia, pediu-me que pintasse a areia de vermelho com o photoshop, que era o sangue das pessoas que o tubarão estava a comer. Típica poesia infantil.
Um dia destes fomos almoçar à churrascaria da Miluxa e aproveitei para fotografar as flores da vizinha.
O Gabriel achou que isto parecia uma data de bananas descascadas:
Pixie no banho
E a coisa linda do quintal da tia que continua a não deixar pôr a mão:
E como tenho passado o tempo todo a correr atrás do puto, não tenho nada para contar.
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