15.12.09

Diário do Oeste - 33

Ermita aerodinâmico, depois de uma dieta daquelas bravas, em que um gajo passa tanta fomeca que leva o dia a ver as horas, para ver quando é que pode voltar a trincar qualquer coisa. Mas resultou, sem batotas de photoshop nem nada (ver entrada de 14 de Outubro), e isso é que interessa. E agora estou com o estômago tão encolhidinho que começo logo a ficar meia enfartada se comer uma batata a mais. Uma maravilha, só lhes digo. Para quem quiser fazer o mesmo, eu segui a dieta japonesa deste site, que tem mais uma data delas à escolha. Já agora: um repolho em brasileiro equivale a uma couve roxa por aqui.


E se entretanto o aquecimento global derreter os pólos, bem podem mandar os pinguins, as fóquinhas e os ursos polares para a Terra dos Loureiros, que vão dar-se todos lindamente por estas bandas. Isto aqui é o carrinho do ermita com uma carapaça de gelo às oito e coiso desta manhã:
E agora, como já há que tempos que não ponho aqui nada, vou andando para trás.
No dia em que meti aquelas entradas sobre o Halloween, fui mais uma vez passar o dito à casa da Elsa, a enfardar e a dar à tramela com o pessoal do ano passado. Quase não tirei photos, mas achei por bem registar a Elsa mais o Francisco com as suas camisolas a condizer:
E então dizia-me o Francisco
- Fotografias...? Bem, mas não as vais meter no teu blog, pois não?
Pois. O moço é tímido. E já me devia conhecer um bocadinho melhor. Mas também não interessa, que ele nunca aqui vem.

Saí de lá no dia 1 e fiz um desvio até Lisboa para ir almoçar com o progenitor. Acabámos todos a encher os canecos nas docas, onde havia ainda sinais da farra da noite anterior:
O dia estava farrusco, mas ainda agradável para ficarmos um bocado na esplanada: A minha madrasta, o meu irmão e eu no pub irlandês com as respectivas bejecas à frente, nas poses do costume: ela a falar, ele a fazer caretas para a câmara e eu a tentar manter a fleuma, como se não fosse nada comigo.
Mas apesar de ainda estar na fase da macacada, o puto até é bastante fotogénico:
É preciso é apanhá-lo meio desprevenido.
Uns dias depois, um engraçadinho qualquer resolveu deitar detergente no lago da rotunda e durante um bocado era só espuma pelo ar:Quem teve de passar por ali naquela altura não deve ter achado lá muito divertido, mas o vento fez um espectáculo com os flocos. Meia hora depois apareceram os funcionários da câmara e despejaram o lago. Pelo menos ficou altamente lavadinho com aquela sabonária toda.

Entretanto o progenitor foi até Espanha numa excursão lá do bairro (e jurou p'ra nunca mais, evidentemente, não pela viagem em si mas pelos chatos todos que teve de gramar pelo caminho), e trouxe uma bela carcaça espanhola de Badajoz:
Uma escultura de massa. E até era comestível e tudo.
No princípio do mês andei aqui com pinturas no ermitério, coisa que não vos interessa nada, mas serve para justificar a photo do plástico no chão do corredor a contraluz: O meu gato fez uma festa a correr por cima disto...
No escritório, com um ar altamente refilão.


E aqui temos mais uma osguinha que encontrei na escada, em cima do meu braço peludo:
Desta vez deixei a bichinha na Farfalhuda (a Farfalhuda é a minha begónia, para quem ainda não foi apresentado) porque não tive coragem de a deixar lá em baixo ao frio. Assim ela sempre pode encher o bandulho com mosquitinhos e encontrar um sítio para hibernar. Se tudo correr bem, espero que volte a aparecer na Primavera. Com um bocado de sorte ainda vou ter uma bela osguinha gorda na sala a caçar as melgas todas. E a fazer fugir as visitas. Olaré.


Nos finais de Outubro, a Yara teve cinco filhotes, quatro fêmeas e um macho, mais exactamente, que ao princípio pareciam uns ratinhos carecas
mas em breve ficaram uns matulões anafadinhos.
Rebuliço na cesta:
E todos agarrados à teta:
A maternidade deixou os instintos da Yara todos exacerbados. De repente deixou de admitir outros gatos por perto a não ser o irmão, e mesmo assim com grandes reservas. Com isto, quem se lixou foi o Chiquinho, que passou a nem poder entrar em casa, constantemente atacado pela fera e pelo Yuri - que resolveu seguir o exemplo da irmã e também se começou a atirar ao desgraçado.
E então a tia resolveu arranjar uma casa nova para o Chiquinho. No dia 1 deste mês meti uma série de photos nos sites todos dos miaus para adoptar e apareceu um dono cerca de quatro horas depois. E foi assim que a tia passou à fórmula original, só com dois gatos oficiais - além de todos os outros que lá aparecem no quintal, claro. Provavelmente terá sido a sorte do Chiquinho - ou assim esperemos.


O Chiquinho com a mãe, a Chica, a coisa fofa da casa ao lado:
A Chica e o Gil a tirarem as medidas um ao outro:
E entretanto os gatinhos da Yara já estão com um mês e meio e dois deles ontem seguiram viagem até à Cabeça Gorda: o macho e uma das siamesas.
A outra siamesa que ficou, a mais pequena da ninhada, já está prometida a uma prima nossa. É também a mais desencabrestada, embora aqui esteja com um ar todo dengoso, numa série de poses para o retrato:




Sobra portanto uma coisinha destas para entregar:
Na semana passada tive cá a comadre, mas desta vez o meu afilhado não veio porque a ideia era trabalharmos as duas durante aqueles quatro dias e com o Gabriel por perto não se ia conseguir fazer grande coisa. Mas com uma gripalhosa também não - dois dias depois a comadre dormiu com um pé de fora e acordou com uma carrapata das antigas. Acabou por ter de se ir embora mais cedo, enquanto ainda conseguia conduzir até Lisboa, e o trabalhito ficou por terminar (provavelmente vamos ter de o acabar via e-mail para cá, e-mail para lá).
E entretanto lá terá de ser - vou ter mesmo de investir num estabilizador de corrente. Aqui no Oeste, a electricidade não é como em Lisboa ou no Cacém City, nada disso, volta e meia lá vai ela, e normalmente várias vezes por dia. Não costuma ser o suficiente para apagar as lâmpadas, mas o telefone queixa-se logo com um prelipipi agudo (e desaparece a data e a hora, que já desisti de actualizar), o meu relógio da mesa de cabeceira fica a zeros e o computas vai-se abaixo. E uma manhã destas, depois de se ir abaixo, o sacrista encravou e népias, é o abres. Reiniciei, chocalhei, experimentei as opções e nicles. Desligo os fios, agarro na cpu e lá vou eu com o pobrezinho nos braços até à loja onde o comprei, já a ver a minha vidinha a andar para trás, com um trabalho de dois meses lá dentro e nem um sacana de um back up (é claro que depois desta voltei a prometer a mim mesma que nunca mais me esqueço de os fazer, mas suponho que seja só até à próxima). Chego lá, o fulano liga a cpu e paf - só para eu fazer figura de ursa, o computas arranca lindamente, como se não fosse nada com ele. Passado o cagaço, acho que é desta que vou ter mesmo de comprar o raças do estabilizador.
Mas apesar da electricidade por aqui ser de luas, a rua do ermita está uma beleza, cheia de luzinhas, oh aqui: A vista da minha janela, com o meu esgravulha e tudo - é o segundo a seguir aos caixotes do lixo. Não gosto destes lugares, mas esta manhã era só o que havia, os "meus" já estavam todos ocupados. É nestas alturas que temos a certeza de que há gente a mais. E que ainda por cima andam todos de rodinhas.
Uma noite destas andei por aí mais a comadre a fotografar as outras iluminações. Nada de muito elaborado, mas engraçadinho na mesma:



As ruas estavam completamente desertas por causa do briol e provavelmente terá sido assim que a comadre se lixou - ela não vinha preparada para estes frios do clima marítimo e tunfas, ficou toda estragada.
Ah, mas eu 'tou toda quentinha, com umas belas ceroulas que encontrei no chinês. Uso-as em casa, por baixo das calças, e nem preciso de ligar o aquecimento. Agora chamam-lhes leggings e as miúdas andam com elas na rua. Como actualmente até a maioria das pitas tem um cu king size, presumo que haja por aí muita falta de espelhos (se for só para ver a fronha, não contam) e que o sentido crítico das pitas continue a zeros. E pelos vistos o das mamãs também. Mas como ceroulas são óptimas, sem dúvida.
Só mais umas coisas bonitas para terminar:
aqui é o Menino (raio de nome...) em cima do pilar do muro da tia,
um molho de cogumelos no asfalto à porta dela,
e uma rosa temporã que ainda estava toda arremelgadinha no fim do mês passado.

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