E pronto, acabaram as obras e já tenho os armários montados - conforme prometido, aqui vai a cozinha do ermita para vocês verem:

Mas há uma coisa que não entendo lá muito bem. Falo da minha panca inédita pelas limpezas. É um tanto estranho, sobretudo para uma baldas como eu, passar agora a vida a limpar a mínima dedada dos armários, com um zelo como nunca tive. Talvez por ser uma coisa nova - mas não tenho tantos pruridos com a casa de banho, que também foi toda reformada, como já aqui mostrei no último Diário. Ou talvez por ter custado bastante mais do que eu estava à espera, porque afinal o sacrista do carpinteiro tinha-me dado um orçamento sem IVA e em seguida ainda meteu mais uma série de extras com que eu não contava. Ou então, mais provavelmente, é por eu ter finalmente uma cozinha ao meu gosto, uma cozinha como nunca tive, porque até agora sempre vivi com remedeios, a aproveitar os móveis de umas casas para as outras, sempre na base do desenrasca, do provisório e do dá pra safar. De raiz, do zero, acho que nunca tive coisa nenhuma. E agora é ver-me de pano na mão todos os dias, cheia de zelos, a limpar todos os pingos de água de cima da bancada, para o calcário não deixar manchas na minha bela cozinha nova.
Mas isto passa. Ou não. Logo se vê.
E além das obras e da semana atrapalhada, cheia de trabalho, a única novidade foi a comadre ter aparecido com o afilhado para passarem umas mini-férias comigo, aqui na Terra dos Loureiros.
Já o apresentei aqui, mas ainda ninguém o tinha visto com os óculos. Nem eu. Pelo menos ao vivo. Mas ficou muito giro:

Pois vinha a comadre cheia de fungas para ir passar estes dias na praia, a torrar ao sol que nem uma iguana dos Galápagos, e chegou aqui e deu com o belo microclima cá do sítio, farrusco, ventoso e instável - o costume. Mas sempre é mais saudável (e agradável) do que o calor poluído de Lisboa nesta altura do ano. E depois, mesmo que agora não apanhem grandes dias de sol, eles já tinham andado a banhos este ano, como nesta photo tirada pelo compadre que descarreguei há bocado da maquineta dela:

E quanto ao pobre do compadre, ficou em Lisboa a trabalhar e a tratar dos miaus,

Mas ainda vai dando para molhar o rabiosque aqui na Areia Branca, evidentemente, como fez o Gabriel dentro da sua barroca:

Hoje fomos almoçar na praia de Santa Rita, nós os três mais a tia, como podem comprovar aqui na photo que o Gabriel nos tirou no parque de estacionamento:

E o meu lindinho não é tão fotogénico? Oh pra ele:


A seguir parámos na praia de Porto Novo, logo ali ao lado, e fomos fotografar os patos reais na foz do rio Alcabrichel.

Uma photo da comadre, com um patinho a catar-se,




Voltámos então a casa da tia, onde ela aproveitou para atacar os cigarros da comadre, como vocês podem comprovar aqui, no momento em que a apanhei com a boca na botija:

Enfim, passando para o quintal da tia, onde o ar é bem mais respirável (quando o vizinho não anda a espalhar estrume, claro), temos aqui duas florinhas de erva da fortuna roxa:


E aqui são flores de uma trepadeira ainda a ganhar força num vaso antes de poder passar para a terra do canteiro:


E uma grilinha que encontrei no quintal, na noite do domingo passado:

Termino com mais uma photo de texturas, desta vez com calhaus. Bué da calhaus, aliás.

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