Porque bem precisava, convenhamos. Se não, reparem lá bem nos azulejos horrendos que me tinham calhado na rifa:



Terminada a casa de banho, passámos à cozinha. Não tenho photos de como estava antes, não por pudor de mostrar os azulejos foleirotes, com florecas cor de rosa num fundo bege, nem os armários de fórmica com as portas a cair e o tampo a descascar, mas porque já estava tão entupida em pó de azulejo, uma espécie de farinha branca que se mete por todo o lado, que não fui lá fotografar aquilo para a despedida. Mas vocês também não perdem nada, acreditem. Por isso, mostro aqui as obras ainda a meio, mas já bastante adiantadas:


Comecei por me assustar com o "amarelo mostarda" quando o vi na parede - no catálogo era só um quadradinho de 2x2 cm e não dava para ver o efeito, né? Como a photo é nocturna, parece altamente cor de laranja, mas não, é um amarelo torrado, muito torrado, e um tanto alaranjado, é um facto, mas com o sol da manhã fica exactamente da cor que eu queria, garanto. O pior é no resto do dia... Mas não 'tá mau. Ou então fui eu que já me habituei. Estava fartinha dos pastéis. Tinha a casa toda pastel. Nháá...
Prefiro um efeito mais dramático, com cores fortes e grandes contrastes, acreditem, ainda que houvesse por aí muito boa gente que ouviu falar em remodelações e decorações e pensasse logo que eu ia pintar a casa de preto, pendurar morceguinhos no candeeiro e pôr caveiras na mesa de cabeceira, com uns olhinhos vermelhos a brilhar, estilo família Adams. Não, lindos, não é que eu não ache piada a isso, pois, mas isto é a minha casa, não é uma sucursal do castelo fantasma da feira popular.
E agora, se o homem dos móveis cumprir o que prometeu, daqui a uns dias tenho os balcões novos. E depois eu mostro como ficou.
Por falar em fantasmas, podem crer que uma feira deserta, mesmo ao sol da uma da tarde, é um sítio um tanto sinistro. Como eu pude comprovar no domingo passado, na festa de Santiago. Acreditando no cartaz, fui até lá com a tia, à procura das tais tasquinhas do programa, como vocês podem ler aqui em baixo:

12.30 - Tasquinhas e Exposições da Freguesia.
Quanto às tais das exposições, havia um pavilhão cheio de bancas de artesanato, mas que afinal só abria às quatro e meia. E cá fora, o cenário era este:

Posta de parte a ideia do almoço, passámos então as vistas pelas tendas das instituições cá do sítio: o rancho, o clube de futebol, os bombeiros e os escuteiros. Tudo às moscas.





E por falar em futebois, além de lhes mostrar este pormenor da mesa dos matrecos que estava à porta (fechada) do pavilhão do artesanato,

Eu ainda só vi um programa e meio, mas enquanto estava a ouvir as entrevistas, de queixos completamente caídos, só conseguia pensar que toda aquela malta vota.
Acho que foi o Churchill que disse que o melhor argumento contra a democracia é cinco minutos de conversa com um eleitor médio.
Mas passemos a coisas menos deprimentes, como a coisa linda da dona:


Nesta aqui temos uma árvore de fogo, ou pelo menos assim lhe chama o meu progenitor, embora este exemplar aqui na praça da Câmara da Terra dos Loureiros dê fogo em cor-de-rosa.

E esta é uma florinha roxa de feitio bastante esquisito que se dá por baixo da árvore das vespas:

Aqui temos flores de oleandro:





Eu bem que estava a estranhar o raças do aspirador aquecer tanto... Haviam de ver a quantidade de cotão que saiu lá de dentro. Coisinho malvado que não me avisou.
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